quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Síncope, sinícope, sínica...

Quase queda dos passos, cansou-se de estar e passou a olhar os telhados, os gritos dos enforcados nos cantos dos quarteirões, não lamentou a alma vagando em si mesma, presa ao papelão torácico!

Os sapatinhos no alto engravatavam-se agradecidos, horas mortas à porta da frente da catedral. De luto, uma velha olhava com velas nos olhos a centopéiassaudade do dia dos seus mortos!

Amar? Amem. Amém!
A velha sorriu com uma palavra presa entre os dentes!
Ladainha branca dos ângelustelhados depenados entre as vigas!


Eduardo Martins