sexta-feira, 14 de agosto de 2009

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Acabou a finalidade: reticências de esperança canceladas diminuem em pleno litígio, ponto final.

O mundo posto em postas não vale mais que um simples prato largado em mesa vazia, alimentando ratos, apodrecendo ao meio dia sem pudores, esponjoso e seco, o mundo em postas não vale apostas nem mesmo no mundo.

Se ponho tudo abaixo, ergo um ego de escombros e entulho, novas ruínas minhas: eu todo sou o mundo e o mundo não vale mais que um prato vazio sem postas de mundo. Redundância das respostas secas: produzir as secas das retinas do mundo: o mundo mudo não muda em nada, salgado à beira de beira de mundo: o fim do mundo não termina nada.

Palavra de poeta: verso quebra sem quebra de página... No mundo, verso engole o mundo, morre, seca e trava as raspas caídas dos versos da boca do mundo! No resto, aposto que o mundo é um pedaço imundo de gente cortada em postas.

Eduardo Martins

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