quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Cala!

Três horas sentado no sofá da sala com a confiança toda esvaindo quase rastejante pelo meu corpo...Uma moleza de sono, já...Fim das cobiças, por alguns instantes, desistência total de doente: logo, conformar-me como se eu mesmo assistisse toda esta incoerência incômoda como um cachorro morto em beira da rua...

Estive lírico e literário, amarrotando-me nas roupas que já não estão mais confortáveis, com o gosto estranho de menta que os chicletes me deixaram na boca: tudo um pequeno cativeiro... Estou cheirando menos ao perfume cítrico que mais parecia o sumo de laranja asiática. Estive e, estar sempre, causa uma coisa esquisita na gente, um confessional berrado a plenos pulmões de noite...

Já quero que ela não venha para poder desistir da certeza da resposta, tudo perdido, eu perdido e tudo... Resquícios de uma honra insólita de antigos cavalheiros: hoje não é mais nada hoje, até a saudade cala!

Eduardo Martins

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