sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Declaração!

Sério, seria melhor ser: ia, se ria e, se Rio não fosse água corrente formando estado decadente, seria tudo mais sério!

Se pudesse alongava o tempo de conversa no aterro de perto de casa em pincelada leve, nas tuas mãos alongada, puxando a brisa leve da breviedade daquele tempo sobrevivemente aos minutos calados, chorando desesperado os tempos enterrados depois do mar que banhava a terra de restelo, agora resto sem morte e sem zelo, enterrados nos lábios do tempo do aterro!

Não sei mais te olhar sem ternura duvidosa de poesia: se fosse você, um dia, fazia você retrato do dia de antes dos dias passados:início assim, recém nascido iniciado em si!

Se fosse noite traidora das decisões derradeiras, abriria as asas da noite inteira e deixaria ser você a noite, cheia de dia em açoites sem agonia da tua pele branca, amanhecida em branca pele de dia!

Eu juro, de verdade, que a verdade é apenas vaidade das penas desta noite de sempre! Às três da manhã, atormenta-me não de tudo e sim de pouco, aos poucos, lembro que não ser você faz da noite morrer em dia! Morro um pouco e de dia amanheço no seu colo vendo ser, quando acordo, que seu colo é sonho de noite em açoite no sólido dia!

Quando você para de ser o dia, o dia não suporto, não me importa mais este tempo de sibilo mudo de enguia: guia-me o mundo este mundo sem guias!

Eduardo Martins

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