sábado, 1 de agosto de 2009

Parágrafo

Nas ondas dos cabelos negros passam todos os navios desespero carregados em fim de noite frustrado em ser início de outro dia! O vento, em agonia, desfaz-se da marola em outros restelos de ventos, para proteger do firmamento o breu dos cabelos tomados de velo de próprios pensamentos sequestrados: firmamentos orados pelos próprios pensamentos fazem com que sejam eles mesmos as colunas mais fortes que o cimento das cidades do mundo, para sustentar o grito profundo agitado nas águas rasas sobre os ossos assobradados de cabelos negros noites em açoites claros de dias!

Eduardo Martins

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