sábado, 1 de agosto de 2009

Da Morte

- Foi uma festa! Você nem imagina, ah mas não imagina mesmo! Pra começar, foi tudo de surpresa: daí você já tira as conclusões. É que ninguém esperava, sabe? Tava todo mundo sossegado cada um no seu canto, fulano na casa da noiva, beltrana corrigindo as provas dos alunos, sicrana fazendo sabe lá Deus o quê (uma desvairada, essa menina) e de repente, um de repente ao quadrado, ao cubo!, e de repente já era. Foi. Nem chamou nem gemeu nem gritou, só... foi. Capaz de não ter nem doído, sei lá. Sei é que num clique tava todo mundo em casa, até gente que não sabia inicialmente do evento, everybody meeesmo! Pessoas entrando e saindo dos quartos, casais, trios, um fuzuê só! Depois teve a água, a limonada, abriram um vinho seco e chamaram mais gente pelo telefone. Não demorou já tinha um bêbado tomando banho nu amparado pela namorada, pra ver se melhorava. Isso tudo porque passava de uma da manhã, agora veja! Aí parou carro na porta da casa, desceu criança, levaram embrulho, povinho bem vestido, Zona Sul do Rio, gente chique, com dinheiro. Por um momento parecia que ia rolar até briga, mas souberam se aguentar. Uma coisa feia, discutindo sem nem saber das coisas... sempre mulher e dinheiro... enfim, você perdeu mesmo, foi marcantérrimo! Vai demorar um tanto pra esquecer, viu? Só quem esteve lá sabe como foi! Vai deixar saudades, ai!


Brayan Carvalho

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