domingo, 2 de agosto de 2009

- calabocagora -

você já (ven)deu o que tinha que (ven)dar, meu caro importado com as questões políticasafadas atuais, és pingos nos is, acentos nos óis ou palavrão pequeno? príncipe! é a queda mortal da literadura como pedra na janela, nela própria, já, responda ao comando e como ando andando ultimamente afinal? pergunta o generalimentado dos cadáveres colecionados: borboleta ou cachorrinho? se morre Julieta Romeu fica sozinho? pobre rima, rimartelando a mesma fábula de remédio cedido gratuitamentecapto através da lógica pervertida do mundo afora às forras com todo mundo do mundo

é a hora

pessoas reclamam camões abertas pro céu sem paz sobre a terra, pra debaixo dela, pra debaixo dela, quer um bunker? mulheres e crianças em fila falam do fim do mundo o olhar profundo pro fundo do pano profano que cobre o corpo falecido - vivo teria sido um guia, disso todo mundo sabia, está capitulado e existe para estar do nosso lado nos momentos difíceis, vocês sabem

a hora?

contando carneiros antes de dormir se alcança a realidade virtuosa (virtual com saborosa) da paz d'espírito tão panfletada por aí, porra, aí, não há mais assunto nem assento a ser tratado tarde essa hora hoje, precisam todos dormir descansar pra cansar novamente no dia seguinte: siga, indigente, siga indigente pra casa caçando sarna-sarney pra se ridicularizar perante um monte, perante Maomé e a corja-discórdia diz: corja, corja, corda, acorda!

ora!

será tardemais? será cera em demasia nos ouvidos da gente-gentalha todo dia? que morra, canalha! e não cubram resto algum com mortalha:

fora!


Brayan Carvalho

Nenhum comentário:

Postar um comentário