quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ad(mito)...

Não se corre assim entre todas as tuas negativas de olhos baixos com a mesma liberdade de pássaro fugido há pouco, de si, de cárcere, de ombro de mártir em cruz sobreposto onde pássaro pousado é guerreiro prostrado em corpo emplumado na cruz sobreposto por outros desejos de deuses em relevos de pássaros mortos.

A verdade é que querer amarra as asas em asas quebradas de gente de olhos baixos, cheios de negativas em certezas ungidas sobre corpos de pássaros mortos, destruídos e ilógicos em fim de lógico de voo, final de apoio justificado aos ares exaltados dos certos de tudo, dos corretos, dos modos enxutos de sangue de pássaro com osso de vento correndo humano o céu nevoento de certas negativas, emplumadas e feridas.

:A verdade é: em seus olhos mais clara: é a verdade: é:

Não se corre assim sobre corpos de sereias mortas, não mudas, estiradas em restelo de janeiros repetidos, de finais oprimidos em haver final apenas neste canto de sereias invejando suas pernas em indescente adultério do existir etéreo apodrecendo nas praias, em bicos de garças e gralhas no finado restelo de todos os janeiros, assombrado e mudo pelo existir profundo de estar-se sempre.

Eduardo Martins

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