domingo, 26 de julho de 2009

Vermelho: a cor upta. Um desfalecimento improvável, um cisne que não canta por agora não, o córrego vivo serpenteado cristalindamente glub-glubeando cenário abaixo. Girassóis sozinhos sob a nuvem cinza, redondamente enganados na vida. A cor escorre correndo pelas cortinas, corta inesperada o coração do cervo. A maçã do peito pra fora do peito pula, serpente está longe, a arte matou o inocente. Anti arte ária éria marte artéria anti-artéria.

Um susto interrompe. Revoada súbita, flap-flap-flapeações muitas preenchendo cavernas e copas de árvores. O sono está morto, o cervo está morto, o rastro é silêncio.

O jardim esconde a rosa sob seu nome próprio. Medo dos julga-mentes e das sen tensas. Manchado o nome de vermelho a noite se pinta cancela o luto refulge septânicamenteadora sobre as cenas. Vermelho aceso na noite, sangue feito foto de relâmpago, procissão mudanônima que não sai de casa. Tic-tac lento, tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiic-taaaaaaaaaaaaaaaaaac leeeeeeeeeeeeeeeeento, o relógio é mentira e não há tic-tac.

Morrem as linhas inúteis mundanescas com flores traídas, rio que afoga almas serenas, lotta lotta love e cai a estrela pesada sequer boiando. A cor upta ao redor dos olhos, em toda a língua, dentro das unhas. Girassóis parados, murchos, vítimas próximas das criaturas inomináveis.

Dia sem horas, cem horas depois, não há fim não há início.


Brayan Carvalho

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