Não vejo mais pessoas na beira da escada olhando nos céus você asteada em luz de entrada de dia absinto, em rigor de traje sucinto por ser apenas motivo de tudo ser cerimônia de alta classe em auto de si mesma forjado em torpor absurdo de crítico surdo olhando a acústica rústica de um vitral!
Não desconsiderem um poeta: corre solto sobre passos embriagados das paredes que separam os estados da mente aguçada do bom economista, do advogado, do autodidata nascido sabendo em presunção obscena de homem lógico, por sobre ponteiro de relógio de estudo de tempo, de explicar firmamento escorregando em chuva de fim de dia. Não desconsiderem estes pobres que bebem a goles o mundo inteiro porque não sabem ser inteiros contidos em corpo nascido para futuro defunto.
Não sei mais se vivo sem cúmulos de ter-te chovendo em minha pele inteira, em toda beira de mim mesmo, para ver se vejo que por mim a água passa, angelical, caída e escassa quando vê que nada nela se pretende mais que estrela luzente expulsa da regra alta do paraíso, pros males dos soltícios do tempo ou para outro mares: Há mares que, se amares, não perdem-se de todos como salobros pecados ao fim!
Há mares salobros de queda fria em agonia de estrela caída em fim de dia, na chuva vésper, lavando as escadarias douradas do alto das torres gagas em repetir eternas amares e guerras de velhos tempos com o firmamento como testemunha que escorre para alcunha de mares em haver de corrente de lágrima que não sente a queda que a envereda em pura sede de garganta náufraga de paraíso divino, bebendo em desatino o sal destas águas que brotam em suores da sua pele, que enxáguam e ferem meus olhos para virarem-se em lágrimas de páginas de mares subalternos de poetas de mares onde há mares além...
Eduardo Martins
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário