quinta-feira, 23 de julho de 2009

Al(mar)

Antes que água salgado dos teus poros inunde as minhas costelas, minhas mãos e pernas, minha alma por fim, afogando-se louca e sorrindo, no mar de absinto da sua alma, talvez, um eu incerto grite por ajuda como pássaro independente em céu pendente ao mar você!

Homem, almar! Ordeno, mas o mar mudo e obsceno ri-se sarcástico de ser eu naufrágio em seu corpo quente e frágil: colosso vítreo de fim de mundo razoável sem fim! Sei mais de mim quando te mapeio firmamento perdido em meus olhos mareados de mim escorrendo em lágrima com o direito salgado de ser navegada, descendo em meu rosto sem leme ou proa que navegue em boa água de tormenta morta, imitando queda de tempestade proposta pela queda suposta por entre o ar salobre, em palavra: obscuro arremate de cobre puro impedindo os momentos correrem em ventos sorrateiros, estreitos, serpentes de mim.

Escreveria você inteira sobre sua pele para saber como se fere a alma içada em madrugada vadia: poesia amada e almada de tempo.

Homem, almar: no mar só sobra o mar e eu!

Eduardo Martins

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